- A informação foi dada pelo presidente da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), Adalberto Pessoa, que esteve ontem, no Seminário +TICeará. O evento aconteceu no Edifício Deputado José Euclides Ferreira Gomes, anexo da Assembleia Legislativa.
- Os municípios a serem contemplados pela expansão do cinturão são Aquiraz, Araripe, Barreira, Baturité, Boa Viagem, Campos Sales, Eusébio, Hidrolândia, Icó, Ipu, Jaguaribe, Jaguaruana, Paraipaba, Pentecoste, Santa Quitéria, São Benedito, Tabuleiro do Norte, Ubajara, Varjota, Paracuru e Pacoti. A Etice, que é vinculada ao Governo do Estado, informou que ainda não possui cronograma detalhado com a sequência de implantação.
- Segundo o presidente da empresa, a rede ainda irá se expandir para mais municípios nos próximos quatro anos. "O restante (dos recursos), que serão para atingir 60 municípios adicionais, nós estaríamos buscando ainda. Estamos fazendo um trabalho prévio, que é de estruturação do projeto, para a partir de então buscarmos os recursos", afirma Adalberto Pessoa. Ele afirma estar otimista com a aquisição das verbas necessárias à expansão, mesmo com o atual contexto de ajuste fiscal e desaceleração econômica do País. "Nós temos percebido uma boa vontade muito grande dos órgãos do governo federal no atendimento a essas demandas, mesmo com toda essa crise", defende o executivo.
Extensão
- De acordo com o representante da Etice, o Cinturão Digital já fornece internet em alta velocidade aos órgãos do governo situados em 81 municípios do Ceará. Em 31 deles, a rede de fibra óptica também é usada pelos órgãos de gestão municipal. Além disso, há fibras do Cinturão Digital que são disponibilizadas para concessões, de modo que as empresas ganhadoras possam se associar a pequenos provedores para, partir daí, prover o serviço de internet a um baixo custo.
- "Agora em maio, nós iniciamos a operação de um processo de concessão que havia ocorrido no ano passado, e fruto de essa operação, através de convênios desse consórcio com pequenos provedores, nós já estamos com mais de 600 mil usuários de internet que provavelmente nem sabem que estão usando a infraestrutura do cinturão digital", finaliza.
Setor precisa reter e atrair empresas e talentos
- O mercado de tecnologia da informação e comunicação no Ceará é formado, em grande parte, por empresas de pequeno porte. O crescimento anual do setor já se situa em patamares superiores aos 15% anuais, segundo o presidente da Câmara Setorial de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Márcio Braga, que participou do Seminário +TICeará, realizado ontem.
- Para ele, o grande desafio do segmento é reter os profissionais qualificados no Ceará e atrair mais investidores. "A gente precisa envolver mais as universidades com as empresas, a gente quer que os grandes grupos comprem mais de empresas locais, para que aumente esse ecossistema", defende.
Financiamentos
- O titular da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), Inácio Arruda, destaca que a legislação tributária precisa ser revista para se tornar mais atrativa a empresas e ainda acrescenta a necessidade de que os financiamentos já disponíveis se tornem mais acessíveis para o setor. "Propusemos uma reunião com o presidente do Banco do Nordeste (BNB) junto com a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), porque são duas fontes de recursos muito importantes, para fazermos um projeto do Ceará. A ideia é - tornar esses recursos viáveis para ampliar o ambiente de negócios", afirma. (MV)
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