- Apesar do desempenho positivo de muitos setores produtivos do
agronegócio no Ceará, como a pecuária leiteira e a criação de camarões,
alguns dos segmentos da agropecuária no Estado estão seriamente
impactados pelos três anos seguidos de estiagem e necessitam de medidas
urgentes para mitigarem os efeitos que a falta de água causou.
- Na análise do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do
Estado do Ceará (Faec), Flávio Saboya, inicialmente, é necessária uma
ação orquestrada que se concentre na quebra de resistência do homem, e
ele passe a trabalhar com tecnologias e inovações de convivências com a
seca.
- Saboya recomenda a elaboração e, principalmente, execução de um
programa especifico voltado para a reserva alimentar animal, juntamente,
com o seguro seca, destinado às atividades econômicas desenvolvidas no
semiárido brasileiro e, lógico, no Ceará também.
"São ações que eliminarão definitivamente a problemática das secas", defende.
- Leite como exemplo: Para o presidente da Faec, os resultados positivos da pecuária leiteira
devem servir de exemplo a outros negócios do campo. "Consideramos uma
vitória e um significativo indício para essa atividade (pecuária
leiteira), que começa a criar instrumentos de convivência com a seca, ou
seja, com a reserva alimentar animal (feno, silagem e produção
irrigada), onde há disponibilidade hídrica", explica.
- Em relação à ovinocaprinocultura, Saboya diz que atividade ainda é
muito dependente de pastos nativos. Por isso ela enfrenta os costumeiros
reflexos da seca, com a redução de rebanhos e, consequentemente, a
diminuição da oferta de carne dessa espécies no mercado.
- A apicultura, segundo ele, vem se reduzindo nestes três anos de seca,
face a pouca florada, o que prejudica a sobrevivência das colmeias.
- A aquicultura, que depende essencialmente de água, também continua a
sofrer com a redução das reservas hídricas, como consequência da seca.
- Agricultura: Uma das atividades da mais alta importância no segmento agrícola,
conforme destaca Saboya, a fruticultura irrigada já começa a sofrer os
reflexos da redução hídrica nas grandes barragens. O perímetro irrigado
Curu-Paraipaba já teve o seu abastecimento hídrico suspenso com reflexos
na cultura do coco, que tem o Ceará como o segundo maior produtor do
Nordeste. (AC)
- Lançados em Julho, Assista os Vídeos Abaixo da Reportagem TVDiário: "Produção de coco no perímetro de Paraipaba está afetada com a falta de chuva, Produtores estão com maior dificuldade para sustentá-lo!":
- Lançado a notícia em 22 de Outubro de 2014 no Diário do Nordeste: A suspensão no abastecimento de água para as atividades agrícolas já começam a surtir efeito em culturas importantes para a economia local, como afirma Flávio Saboya: "Já tivemos as águas do perímetro Curu-Paraipaba cortadas e todas as atividades de irrigação desenvolvidas com o uso dessas águas estão suspensas. Isso resulta na morte das culturas, principalmente das permanentes. Nessa região temos a maior produção de coco verde do Ceará e os produtores já estão caminhando para uma situação extremamente difícil". Além disso, a Publicação "Economia do CE sente efeitos da seca; futuro preocupa" é estruturada em tópicos para melhor organização de conteúdo, veja as informações da Seca no estado no ramo da Fruticultura, Consumo Animal, Indústria, Investimentos, Comércio, Falta de chuva ajuda companhias aéreas, Negócio Spostergados e Situação exige medidas a longo prazo.
- Lançado a notícia em 12 de Setembro de 2014 no Diário do Nordeste: "Irrigantes do perímetro Curu-Paraipaba passam por dificuldades na produção":
- Lançado a notícia em 03 de Agosto de 2014 no Diário do Nordeste: "Perímetro está sem água para irrigação desde janeiro". Apresenta a situação de Manoel Laurentino, de 20 anos de Idade, é derrubador de coco. Sobe habilmente os coqueiros e com mais três do mesmo ofício tira 5 mil cocos num dia só. Neto de um dos 1.070 irrigantes do Perímetro, da cidade conhecida como “Terra do Coco”, Manoel tem de percorrer todos os dias lotes à procura do fruto em boas condições de comercialização. “Tá tudo bicudo, ou brocado (com furos e manchas), quase sem água”, lamenta. A produção que era de 5 milhões de frutos por mês nos 3 mil hectares de terra, hoje não chega a 2 milhões e em má qualidade. Dos 510 mil coqueiros, 100 mil, os pés com menos de oito anos de plantio, sofrem mais com a estiagem e podem morrer. Continue lendo a história de Manoel no Link: http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2014/08/02/noticiasjornalcotidiano,3292033/perimetro-esta-sem-agua-para-irrigacao-desde-janeiro.shtml
- “Os coqueiros novos são 25% da nossa produção aqui e eles estão murchando, porque coqueiros mais antigos têm a raiz profunda, eles sofrem com a estiagem, mas conseguem tirar água do lençol freático. Mas coqueiro novo, não. De 0 a 8 nos, ele sofrem muito, têm deles que já estão morrendo, e daqui para dezembro só piora”, estima Raimundo Nonato Silva, o Jean, presidente da Associação do Distrito de Irrigação Curu-Paraipaba (Adicp).
- Para conseguir a água que forneceria a “irrigação de salvamento”, é preciso construir 35 poços no entorno das estações em que estão os reservatórios e o equipamento de bombeamento. O projeto, alçado por estudos da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh) em R$ 1.364.600, ainda não tem recurso para ser realizado. “Os poços não seriam para produção. É apenas uma solução emergencial para não perder tudo”, comenta Aurenir. Para Pedro Garica, 63, funcionário dos reservatórios há 38 anos, a estiagem nunca castigou tanto. “Pra resolver só Deus mandando muita chuva, mas os poços já dariam pra quebrar um galho”, sentencia.
- “Os coqueiros novos são 25% da nossa produção aqui e eles estão murchando, porque coqueiros mais antigos têm a raiz profunda, eles sofrem com a estiagem, mas conseguem tirar água do lençol freático. Mas coqueiro novo, não. De 0 a 8 nos, ele sofrem muito, têm deles que já estão morrendo, e daqui para dezembro só piora”, estima Raimundo Nonato Silva, o Jean, presidente da Associação do Distrito de Irrigação Curu-Paraipaba (Adicp).
- Para conseguir a água que forneceria a “irrigação de salvamento”, é preciso construir 35 poços no entorno das estações em que estão os reservatórios e o equipamento de bombeamento. O projeto, alçado por estudos da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh) em R$ 1.364.600, ainda não tem recurso para ser realizado. “Os poços não seriam para produção. É apenas uma solução emergencial para não perder tudo”, comenta Aurenir. Para Pedro Garica, 63, funcionário dos reservatórios há 38 anos, a estiagem nunca castigou tanto. “Pra resolver só Deus mandando muita chuva, mas os poços já dariam pra quebrar um galho”, sentencia.
- Números:
* 100 mil novos coqueiros, no total de 510 mil que são cultivados, correm risco de morrer;
* 2.051 famílias vivem no Perímetro Irrigado Curu-Paraipaba, totalizando 7325 pessoas;
* R$2,5 mi são gerados por mês pelo cultivo de coco, segundo a Adicp.
* São 510 mil coqueiros, produção média de 5 milhões de unidades. Porém a estrutura é antiga, sendo estrugalada nos seus 40 anos de funcionamento.
* O perímetro irrigado Curu-Paraibapa tem posição de destaque no Estado.
Para Melhorar a Situação em Todo o Estado Cearense:
Governo Camilo receberá R$ 6,2 bi para projetos de combate à seca
Acesse: http://blog.opovo.com.br/blogdoeliomar/governo-camilo-recebera-r-62-bi-para-projetos-de-combate-seca/
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